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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Frases - Alguém precisa ouvir

"Os dois melhores presentes que podemos dar ao filhos são raízes e asas".
Hodding Carter.

"O dinheiro não modifica o homem, apenas o desmascara".

Henry Ford

Os homens apressam-se mais a retribuir um dano do que um benefício, porque a gratidão é um peso e a vingança, um prazer.” 

Tácito


Os aduladores são a pior espécie de inimigos.” 

 Tácito

Eu aprendi que para crescer como pessoa preciso me cercar de gente mais inteligente do que eu.


H. Jackson Brown Junior

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Ferreira Gullar - Dois e Dois são Quatro

Como dois e dois são quatro 
Sei que a vida vale a pena 
Embora o pão seja caro 
E a liberdade pequena 
Como teus olhos são claros 
E a tua pele, morena 
como é azul o oceano 
E a lagoa, serena 

Como um tempo de alegria 
Por trás do terror me acena 
E a noite carrega o dia 
No seu colo de açucena 

- sei que dois e dois são quatro 
sei que a vida vale a pena 
mesmo que o pão seja caro 
e a liberdade pequena.
Ferreira Gullar

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Mário Quintana O amor é isso...

O amor é isso. Não prende, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó, já deixou de ser laço.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

POEMA - PERDÃO

Foi frágil o dia em que me deixaste;
Naquela vazia manhã que partiste;
Fiquei desolada sentada na porta;
Você não olhou nem sequer para trás;
Seguiu teu destino me deixando inquieta;
Deixou um abismo em meus pensamentos;
Saí pelas ruas sem nada dizer;
Não queria parar só apenas morrer, mas certo dia.
Você retornou querendo falar do amor que deixou
Fez-me,mil promessas e me implorou que te aceitasse em meu coração;
Lembrei do vazio deixado no peito;
Lembrei da saudade calada na voz;
Pensei um momento se a pena valia gritou sufocado o meu coração,
 Pedindo que eu desse uma chance a paixão;
Fui muito mais fraca e te dei meu perdão.


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Álvares de Azevedo - Lembrança de Morrer


Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nenhuma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
(...)
Só levo uma saudade... é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas...
De ti, ó minha mãe, pobre coitada,
Que por minha tristeza te definhas!
De meu pai... de meus únicos amigos,
Pouco - bem poucos... e que não zombavam
Quando, em noites de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.
(...)
Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo...
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.
Sombras do vale, noites da montanha
Que minha alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!
Mas quando preludia ave d’aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos...
Deixai a lua pratear-me a lousa!
Obras: Poesia : Lira dos vinte anos (1853); Conde Lopo (1866)
Conto: Noite na taverna (1855)
Teatro: Macário (1855)

domingo, 23 de outubro de 2016

domingo, 16 de outubro de 2016

Eu sou Aquela

Eu sou aquela que fica esperando a tua chegada.
O meu coração já conhece seus passos.
O meu corpo inteiro espera um abraço.
Eu sou aquela que mesmo de longe sente seu perfume.
Que imagina coisas e sente  ciúmes.
  Mas depois vem a calma com a sua presença, que  liberta a alma da minha sentença, de viver te esperando pela vida inteira, por todas as horas, pela eternidade se eu precisar.
Eu sou aquela que fica esperando e sabe que sempre você vai chegar.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Poema Eu

Eu que fico pensando em você toda hora, ontem, hoje, agora.
Te vejo em todas as pessoas da rua, nas vitrines,nos carros, na chuva.
E todas as músicas que ouço me lembram você.
Eu que fico esperando uma mensagem no meu celular.
Um aviso que você vai chegar.  Mas o que tenho um silêncio que me faz gritar.
Eu passo os dias da mesma maneira na esperança de uma vida inteira com você.
E você o que me faz é esperar,pensar,gritar,  te amar e te amar.

Li Oliveira

terça-feira, 3 de maio de 2016

POEMA: VENHA

Venha  para me falar de outras coisas.
 Venha para me mostrar que sei tão pouco e que ainda há muito para viver. Que há muito para ganhar e seu perder que seja as calorias.
Venha me mostrar o que ainda não vi . E  dar me o que eu nunca tive.
Venha para descobrirmos juntos a missão de estarmos aqui.
Eu preciso de outro cravo para brigar  no bom sentido da minha primaveras.
eu preciso de um  bom motivo para ser a campeã da vida. E quando daqui  eu partir  que o meu amor por você soe na eternidade.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Poema - Você


Você é Meu maior tesouro;
QUANDO POR MIM Passa
Me arrebata o Coração.
Eu SINTO Seu toque MESMO SEM te tocar
Eu sinto o teu gosto mesmo sem te beijar;
Eu vivo a pensar onde foi que acertei, QUANDO foi que pedi pra você existir.
Eu não mereço ter alguém  do seu jeito. Que me espera sem pressa mesmo com meus os defeitos.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Poema - Vai me perder


Sinto pena de você, porque está me perdendo sem saber. Um dia vou olhar para você e não te ver.
 Vou tentar te aceitar sem te querer.Você vai me dizer que vai mudar que agora me quer pra valer.
 Pobre de ti já me perdeu e por mais que  eu  sinta pena de você não vou voltar.
Nem quero olhar para trás nem lembrar do que se foi , porque se tivesse valido a pena eu não teria te esquecido.
Um dia se você tiver conseguido dormir vai acordar e descobrir que não estou mais ao seu lado e que nunca mais vou voltar vai saber que só dependeu de você a solidão que agora tem.
Eu sei que isso vai acontecer não por falta de alerta. Mas porque você se acha bom demais para imaginar que vai ficar tão só depois que eu te deixar.

Vinícius de Moraes "Teu nome"


Teu nome

Montevidéu



Teu nome, Maria Lúcia
Tem qualquer coisa que afaga
Como uma lua macia
Brilhando à flor de uma vaga.
Parece um mar que marulha
De manso sobre uma praia
Tem o palor que irradia
A estrela quando desmaia.
É um doce nome de filha
É um belo nome de amada
Lembra um pedaço de ilha
Surgindo de madrugada.
Tem um cheirinho de murta
E é suave como a pelúcia
É acorde que nunca finda
É coisa por demais linda
Teu nome, Maria Lúcia...

quarta-feira, 30 de março de 2016

TRADUZIR-SE- FERREIRA GULLAR

TRADUZIR-SE

Uma parte de mim
é todo mundo;
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera;
outra parte
delira.

Uma parte de mim
almoça e janta;
outra parte
se espanta.

Uma parte de mim
é permanente;
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem;
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
FERREIRA GULLART

terça-feira, 29 de março de 2016

Vinícius de Moraes - Onde Anda Você

Onde Anda Você

E por falar em saudade 
Onde anda você 
Onde andam os seus olhos 
Que a gente não vê 
Onde anda esse corpo 
Que me deixou morto 
De tanto prazer 

E por falar em beleza 
Onde anda a canção 
Que se ouvia na noite 
Dos bares de então 
Onde a gente ficava 
Onde a gente se amava 
Em total solidão 

Hoje eu saio na noite vazia 
Numa boemia sem razão de ser 
Na rotina dos bares 
Que apesar dos pesares 
Me trazem você 

E por falar em paixão 
Em razão de viver 
Você bem que podia me aparecer 
Nesses mesmos lugares 
Na noite, nos bares 
Onde anda você
Vinicius de Moraes

VINÍCIUS DE MORAES - Soneto de separação

Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinicius de Moraes

MANUEL BANDEIRA - ARTE DE AMAR

ARTE DE AMAR

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira

Esse Alguém

  
Esse alguém que veio fazer parte da minha vida;
Que não tem medo da vida que eu ja tinha;
Esse alguém só pode ser sobre medida;
Veio agora pra ficar sem despedida;
É maior do que a força de um tornado;
Não é príncipe mais parece encantado. Com a história
que podemos escever;
Foram tantos sonhos e desejos bem guardados;
A espera de um sorriso escancarado.
A vontade de viver sempre ao seu lado;
E de ter a vida inteira pra sonhar;
Esse alguém que tem certeza do caminho me direciona e me cobre de carinhos;
Esse alguém é muito mais do que presente.Esse alguém é muito além, quase divino.

domingo, 27 de março de 2016

Autopsicografia - Fernando Pessoa

Autopsicografia 
                                   
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa

Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
Fernando Pessoa

sábado, 26 de março de 2016

TATUAGEM


Bem na minha frente estavas
Você ficou ao meu lado o tempo todo.
Eu nem sequer me toquei que você estava ali.
Então mergulhei na solidão profunda
Busquei-te na chuva, sem cessar não te encontrei
Busquei-te na escuridão da noite  você não veio
Você estava aqui quase  tocando-me
Eu fugi a te procurar bem longe sem sucesso voltei
E na hora que cheguei percebi que era você que eu queria e esteve sempre aqui precisando de mim
Então colei em você
E agora não consigo mais me separar
Porquê você em mim já virou tatuagem.

Li  Oliveira

Poema Gonçalves Dias


Ainda Uma Vez Adeus
                      I
Enfim te vejo! - enfim posso,
Curvado a teus pés, dizer-te,
Que não cessei de querer-te,
Pesar de quanto sofri.
Muito penei! Cruas ânsias,
Dos teus olhos afastado,
Houveram-me acabrunhado
A não lembrar-me de ti!
                      II
Dum mundo a outro impelido,
Derramei os meus lamentos
Nas surdas asas dos ventos,
Do mar na crespa cerviz!
Baldão, ludíbrio da sorte
Em terra estranha, entre gente,
Que alheios males não sente,
Nem se condói do infeliz!
                      III
Louco, aflito, a saciar-me
D'agravar minha ferida,
Tomou-me tédio da vida,
Passos da morte senti;
Mas quase no passo extremo,
No último arcar da esperança,
Tu me vieste à lembrança:
Quis viver mais e vivi!
                      IV
Vivi; pois Deus me guardava
Para este lugar e hora!
Depois de tanto, senhora,
Ver-te e falar-te outra vez;
Rever-me em teu rosto amigo,
Pensar em quanto hei perdido,
E este pranto dolorido
Deixar correr a teus pés.
                      V
Mas que tens? Não me conheces?
De mim afastas teu rosto?
Pois tanto pôde o desgosto
Transformar o rosto meu?
Sei a aflição quanto pode,
Sei quanto ela desfigura,
E eu não vivi na ventura...
Olha-me bem, que sou eu!
                      VI
Nenhuma voz me diriges!...
Julgas-te acaso ofendida?
Deste-me amor, e a vida
Que me darias - bem sei;
Mas lembrem-te aqueles feros
Corações, que se meteram
Entre nós; e se venceram,
Mal sabes quanto lutei!
                      VII
Oh! se lutei!... mas devera
Expor-te em pública praça,
Como um alvo à populaça,
Um alvo aos dictérios seus!
Devera, podia acaso
Tal sacrifício aceitar-te
Para no cabo pagar-te,
Meus dias unindo aos teus?
                      VIII
Devera, sim; mas pensava,
Que de mim t'esquecerias,
Que, sem mim, alegres dias
T'esperavam; e em favor
De minhas preces, contava
Que o bom Deus me aceitaria
O meu quinhão de alegria
Pelo teu, quinhão de dor!
                      IX
Que me enganei, ora o vejo;
Nadam-te os olhos em pranto,
Arfa-te o peito, e no entanto
Nem me podes encarar;
Erro foi, mas não foi crime,
Não te esqueci, eu to juro:
Sacrifiquei meu futuro,
Vida e glória por te amar!
                      X
Tudo, tudo; e na miséria
Dum martírio prolongado,
Lento, cruel, disfarçado,
Que eu nem a ti confiei;
"Ela é feliz (me dizia)
"Seu descanso é obra minha."
Negou-me a sorte mesquinha...
Perdoa, que me enganei!
                      XI
Tantos encantos me tinham,
Tanta ilusão me afagava
De noite, quando acordava,
De dia em sonhos talvez!
Tudo isso agora onde pára?
Onde a ilusão dos meus sonhos?
Tantos projetos risonhos,
Tudo esse engano desfez!
                      XII
Enganei-me!... - Horrendo caos
Nessas palavras se encerra,
Quando do engano, quem erra.
Não pode voltar atrás!
Amarga irrisão! reflete:
Quando eu gozar-te pudera,
Mártir quis ser, cuidei qu'era...
E um louco fui, nada mais!
                      XIII
Louco, julguei adornar-me
Com palmas d'alta virtude!
Que tinha eu bronco e rude
C'o que se chama ideal?
O meu eras tu, não outro;
Stava em deixar minha vida
Correr por ti conduzida,
Pura, na ausência do mal.
                      XIV
Pensar eu que o teu destino
Ligado ao meu, outro fora,
Pensar que te vejo agora,
Por culpa minha, infeliz;
Pensar que a tua ventura
Deus ab eterno a fizera,
No meu caminho a pusera...
E eu! eu fui que a não quis!
                      XV
És doutro agora, e pr'a sempre!
Eu a mísero desterro
Volto, chorando o meu erro,
Quase descrendo dos céus!
Dói-te de mim, pois me encontras
Em tanta miséria posto,
Que a expressão deste desgosto
Será um crime ante Deus!
                      XVI
Dói-te de mim, que t'imploro
Perdão, a teus pés curvado;
Perdão!... de não ter ousado
Viver contente e feliz!
Perdão da minha miséria,
Da dor que me rala o peito,
E se do mal que te hei feito,
Também do mal que me fiz!
                      XVII
Adeus qu'eu parto, senhora;
Negou-me o fado inimigo
Passar a vida contigo,
Ter sepultura entre os meus;
Negou-me nesta hora extrema,
Por extrema despedida,
Ouvir-te a voz comovida
Soluçar um breve Adeus!
                      XVIII
Lerás porém algum dia
Meus versos d'alma arrancados,
D'amargo pranto banhados,
Com sangue escritos; - e então
Confio que te comovas,
Que a minha dor te apiade
Que chores, não de saudade,
Nem de amor, - de compaixão. 

O Amor

O amor é o que te protege,  que te desperta , que te ensina.
O amor é nobre te domina, te fascina, te faz dormir e sabe a hora de te acordar.
O amor é música que soa palavra a toa, vida boa.
 Te balança numa rede te faz pintar paredes te faz pintar até o nariz te faz feliz apenas feliz.
Esse é o amor.

Li Oliveira

Alguém

Andei sozinha na vida nesses dias de puro vazio.
Quando a noite chegava em casa eu me sentia sem asas a beira de um precipício
Sem ter alguém para dizer da coisas que ficam la fora,  de tudo que vai embora.
Do momento feliz que importa.
Hoje eu fico esperando ver alguém logo chegando para alegrar minha vida. Para fazer do meus momentos eternos soltos ao vento. Alguém que me faz existir

Li Oliveira

NOVE MINUTOS

Você é minha causa perdida morte e vida madrugada fria noite e dia;
É tão louco é meu sufoco;
Você jura que é normal, faz um carnaval  fora  de época
Só pra me provar que ta legal;
É a sombra que eu carrego porque o coração é cego;
É loucura, anestesia geral, cocaína, overdose pura;
Contigo não fico, nem curto por ti algum luto, nem por apenas um dia.


     Nem por nove minutos.

    Li Oliveira

    Vinícius de Moraes - Tomara

    Tomara
    Que você volte depressa
    Que você não se despeça
    Nunca mais do meu carinho
    E chore, se arrependa
    E pense muito
    Que é melhor se sofrer junto
    Que viver feliz sozinho

    Tomara 
    Que a tristeza te convença
    Que a saudade não compensa
    E que a ausência não dá paz
    E o verdadeiro amor de quem se ama
    Tece a mesma antiga trama
    Que não se desfaz

    E a coisa mais divina
    Que há no mundo
    É viver cada segundo
    Como nunca mais...
    Vinicius de Moraes

    Vinicius de Moraes - Soneto de Fidelidade

    Soneto de Fidelidade

    De tudo ao meu amor serei atento
    Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
    Que mesmo em face do maior encanto
    Dele se encante mais meu pensamento.

    Quero vivê-lo em cada vão momento
    E em seu louvor hei de espalhar meu canto
    E rir meu riso e derramar meu pranto
    Ao seu pesar ou seu contentamento

    E assim, quando mais tarde me procure
    Quem sabe a morte, angústia de quem vive
    Quem sabe a solidão, fim de quem ama

    Eu possa me dizer do amor (que tive):
    Que não seja imortal, posto que é chama
    Mas que seja infinito enquanto dure.
    Vinicius de Moraes